Construção das ETEs Fortaleza e Cabuçu começará em janeiro

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A OAS Investimentos S.A., empresa vencedora da parceria público-privada realizada pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Guarulhos, deve iniciar em janeiro a construção das duas Estações de Tratamento de Esgotos (ETE) Cabuçu e Fortaleza.

Ambas as ETEs serão responsáveis pelo tratamento de 3% do esgoto da cidade, o que somado as outras três (Bonsucesso, São João e Várzea do Palácio) já em operação ampliará o tratamento para 53%. Segundo a autarquia municipal, o contrato foi assinado no final de agosto e atualmente está em período de transição com duração de 90 dias, podendo ser prorrogado por igual período. “Estamos finalizando esse processo agora e se for prorrogado será por um período curto. Precisamos fazer as coisas com calma e tranquilidade para fazer bem feito”, destacou o superintendente do Saae, Afrânio de Paula Sobrinho.

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No ano passado, Guarulhos recebeu R$ 25,6 milhões do governo do estado, por meio do programa Reágua, que tem como objetivo apoiar ações de saneamento básico. No total foram disponibilizados R$ 13,1 milhões para a construção da ETE Cabuçu, representando 81% do valor total da obra que beneficiará o córrego Cabuçu. Já os outros R$ 11,7 milhões, destinados para o desenvolvimento da ETE Fortaleza, correspondem a 75% do valor total da obra que compreenderá 1,5 quilômetros de coletor-tronco, uma estação elevatória, 354 metros de linhas de recalque.

“Os recursos foram autorizados e estamos tentando estabelecer um acordo entre o governo e a empresa vencedora para aproveitar esses valores, porque não podemos simplesmente ignorar o que obtivemos”, destacou Sobrinho.

Através da PPP, a meta é chegar a 2017 com 80% do esgoto tratado – conforme acordo firmado com o Ministério Público Estadual (MPE). O prazo de vigência da concessão administrativa é de 30 anos e o valor estimado do contrato é de R$ 1,2 bilhão.

 

Cidade poderá tratar esgoto para gerar água potável

 

Segundo o superintendente do Saae, Afrânio de Paula Sobrinho a autarquia estuda ainda o tratamento do esgoto para consumo. A medida também foi anunciada no início do mês pelo governador Geraldo Alckmin como parte de um pacote a ser adotado devido a grave crise hídrica que o estado enfrenta.

“O primeiro município a fazer isso foi Campinas, mas é uma cosia que já estamos estudando há algum tempo. Podemos captar água e transformá-la em potável das ETEs, porém a legislação ambiental brasileira não permite que se utilize água de reúso diretamente para abastecimento público, mas é preciso evoluir porque em outros países já se faz isso como Cingapura, EUA e países do Oriente Médio”, explicou Sobrinho.

 

Fonte: Guarulhos Hoje