Três brasileiros feridos no ataque à Paris

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A embaixadora e cônsul-geral do Brasil na França, Maria Edileuza Fontenele Reis, esteve na manhã deste sábado (14) com a estudante de mestrado Camila Issa, 29 anos, e com o arquiteto Gabriel Serpe, 29 anos, brasileiros baleados durante os atentados terroristas em Paris. “Eles estão bem, com quadro de saúde estável, apesar do choque”, relatou Maria Edileuza.

 

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Camila Issa levou um tiro em uma das mãos e passou por cirurgia para religamento de tendões e por uma plástica. Já Gabriel Serpe foi baleado três vezes, nas costas e na perna, que foi fraturada. Também passou por intervenções médicas, na perna ferida e no pulmão, mas já se recupera.

Além deles, um terceiro brasileiro, Diego Mauro, de 28 anos, também ficou ferido. Entretanto, sofreu apenas pequenos arranhões no meio da multidão. Na noite de sexta-feira (13), ele publicou o seguinte post em seu perfil em redes sociais:

“Amigos queridos que viram essas notícias do que se passou em Paris: eu estava no Petit Cambodge, um dos lugares que foi atingido no atentado. Mas eu estou bem, só tive alguns arranhões. Essa mensagem é só para agradecer o apoio de vocês e para tranquilizá-los.”

Os três jantavam, juntos, com um grupo de amigos no restaurante Le Petit Cambodge, nas proximidades do canal Saint-Martin, quando ouviram os disparos. Os pais de Gabriel e a mãe de Camila embarcaram hoje para a França e devem se encontrar com os filhos e com a cônsul-geral amanhã, dia 15.

De acordo com a embaixadora, há diversos grupos de voluntários se organizando para doar sangue e postos de coleta foram montados próximos dos locais onde os atentados aconteceram. “O clima em Paris é de extrema comoção”, observou Maria Edileuza.

A solidariedade é tão evidente que hospitais já estão com estoques lotados de bolsas de sangue e pedem para que pessoas voltem a doar apenas na semana que vem. Inclusive, médicos de folga ou aposentados também já se prontificaram a voltar ao trabalho.

SITUAÇÃO EM PARIS

 

Há toque de recolher oficial, sendo que manifestações foram proibidas na cidade até 19 de novembro, por questão de segurança. Os parisienses, entretanto, continuam a se mostrar dispostos a sair de casa para depositar flores, fotos e faixas com mensagens de apoio próximo aos locais dos ataques.

Em frente a casa de shows Bataclan, onde 89 pessoas foram assassinadas, um homem toca – em um piano pequeno, transportado por ele – músicas em homenagem aos mortos e feridos. Entre as canções, escolheu clássicos que expressam a vontade pela paz, como Imagine, dos Beatles. Grupos de cantores gospel também estão na região.

Em nota, o Itamaraty informa que o governo brasileiro expressa “profunda consternação pela série de bárbaros atentados”. E acrescenta: “ao mesmo tempo em que transmite suas condolências aos familiares das vítimas e empenha sua plena solidariedade ao povo francês e ao Governo da França, o Brasil condena os ataques nos mais fortes termos e reitera seu firme repúdio a qualquer forma de terrorismo, qualquer que seja sua motivação”.

 

Fonte: Veja