50 anos de Hospital Stella Maris

0
2393

 

O Hospital Stella Maris, no Itapegica (Região Centro), completa 50 anos nesta quarta-feira, 25. Para celebrar a data, a instituição lança uma campanha para atrair benfeitores. Além disso, a Diocese de Guarulhos irá doar integralmente os valores que serão coletados para ela nas missas de domingo pela Coleta da Evangelização, como gesto concreto da Campanha da Fraternidade.

 

50-anos-stella-maris

Tratamento – Pacientes são atendidos no setor de hemodiálise do hospital, referência na cidade (Foto: Lucas Dantas)

 

O Stella Maris possui dívida de R$ 50 milhões e atrasou os salários dos médicos por quatro meses. O débito foi sanado após empréstimo concedido pela Caixa Econômica Federal. A irmã Vitória Nazareth de Oliveira, presidente do hospital e madre-geral da congregação que administra o equipamento, falou que a atual crise será superada. “A gente não tem varinha mágica, mas  boa vontade, conhecimento e coragem.”

 

A religiosa afirmou que a pior crise, na questão humanitária do hospital, foi a epidemia de meningite meningocócica de 1974 em Guarulhos. “Morreram 10 crianças por dia durante 20 dias. Nunca vi tantas mortes”, recordou.

 

Os carnês mensais com doações poderão ser obtidos no hospital. Doações aleatórias podem ser feitas nas contas do Stella na Caixa Econômica Federal (Agência 0250/CC: 4172-0/Operação: 003) e Bradesco (Agência: 154/ CC 39030-5). O hospital vai ser referência para uma faculdade.

 

“Não sei fazer outro trajeto”, diz médico mais antigo

 

O clínico geral Paulo Cassiano, 51 anos, é o médico mais antigo do Hospital Stella Maris. Ele começou há trabalhar no local em 1984, fez residência médica no hospital e mantém atendimentos há 31 anos ininterruptos. A crise financeira, que levou a quatro meses de salários atrasados, trouxe preocupação para ele. “Passo seis horas por dia aqui. O meu trajeto é sempre para cá. Não sei o que faria se o hospital fechasse.”

 

O padre Valdocir Aparecido é capelão do hospital, reza missas e faz atendimento a doentes.

 

Fonte: Folha Metropolitana