3º DP pode fechar

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O 3º DP de Guarulhos (Região Cumbica) corre o risco de fechar as portas por causa de uma ação de despejo que tramita na Justiça.  Segundo o delegado seccional da cidade, Adilson da Silva Aquino, os aluguéis do distrito não são pagos pela Prefeitura desde janeiro de 2014.

 

Com exceção do 1º DP, que pertence ao Governo do Estado, o pagamento dos aluguéis de oito delegacias no município, incluindo o  3º DP, não foi efetuado pelo governo municipal.

 

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Segurança – Delegacia instaurou 64 iinquéritos e prendeu 11 suspeitos de janeiro e maio deste ano (Foto: Lucas Dantas)

 

Apesar da Polícia Civil e as delegacias onde a corporação atua serem subordinadas ao Estado, há um “acordo verbal” firmado entre Guarulhos e São Paulo em que a cidade assume o pagamento das contas também da Polícia Militar e Bombeiros. “Não há nada assinado, mas Guarulhos gasta anualmente R$ 6 milhões pagando contas que deveriam ser quitadas pelo Governo do Estado”, afirmou o secretário municipal de Segurança Pública, João Dárcio Ribamar Sacchi.

 

Segundo publicado na Folha Metropolitana em  agosto de 2013, a Prefeitura gastava mensalmente R$ 6 mil com o 3º DP. Considerando este valor e a inadimplência com o pagamento do aluguel, a atual dívida com locações da delegacia gira em torno de R$ 100 mil.

 

O delegado seccional acrescentou que a situação do 3º DP ainda está em “fase judicial”. “O fechamento depende da Justiça”.

 

População teme por segurança no bairro

 

O 3º DP funciona em horário comercial, de segunda a sexta-­feira.  Por isso, o comerciante Kelvin Pereira da Silva, 22, não abre sua loja aos fins de semana, pois “teme assaltos”. “Se fecharem a delegacia, não sei o que vou fazer”.

 

A autônoma Juliane da Silva Neves, 25, afirmou que a violência no bairro ficará “pior do que já é” caso a Justiça decida despejar a polícia do prédio.

 

Secretário admite falta de dinheiro

 

O secretário municipal de Segurança Pública, João Dárcio Ribamar Sacchi, afirmou haver um “atraso geral” no pagamento de contas da Prefeitura. “O problema não é só da Segurança Pública. Ele é geral”.

 

Sacchi acrescentou que há atraso também nos pagamentos de contas da Polícia Militar e da Guarda Civil Municipal. “A Prefeitura pode demorar, mas sempre quita seus pagamentos”.

 

Bombeiros foram primeiros prejudicados

 

A Folha Metropolitana publicou com exclusividade em maio que a base do Corpo de Bombeiros da Região Taboão seria desativada por falta do pagamento de aluguéis.

 

Na ocasião, o coronel Waldir Pires, comandante da corporação na cidade, informou que a unidade atendia a 22 bairros e que o tempo de atendimento “aumentaria”.

 

Fonte: Folha Metropolitana