Vereadores querem intervenção do CFM em Guarulhos

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Os vereadores querem a intervenção do Conselho Federal de Medicina (CFM) nas unidades de saúde do município que estão sem médicos. Desde o dia 1° deste mês, faltam profissionais nas policlínicas Paraíso e Maria Dirce, na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) São João, todas administradas pela Fundação do ABC, além do Hospital Municipal de Urgências (HMU).

Um requerimento foi apresentado ontem durante a sessão da Câmara pelo vereador Eduardo Barreto (PCdoB). No documento, assinado por diversos parlamentares, ele solicita informações sobre a quantidade de médicos, devidas especialidades, carga horária executada, entre outras. “Isso mostra que a Câmara não compactua com a atitude e esta Casa se preocupa sim”, afirmou o vereador que ressaltou a necessidade de encaminhamento junto ao CFM.

 

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Segundo a Fundação do ABC, a falta de profissionais nas unidades que administra se deve a implantação do ponto eletrônico com biometria. A medida não foi aceita por alguns profissionais que passaram a faltar ao trabalho ou a reduzir drasticamente o número de pacientes atendidos.No total o contrato da fundação com a prefeitura contempla 135 médicos e três coordenadores.

“Não existem mais médicos. Estive na UPA São João e no PA Paraíso onde não havia sequer um dos quatro médicos escalados para atendimento. Amanhã apresentarei uma representação junto ao Ministério Público para saber o que está acontecendo, porque além de faltar médico falta transparência”, disse o vereador Guti (PSB).

Já a falta de profissionais no HMU nesta segunda-feira, segundo a Secretaria de Saúde, ocorreu devido ao fato de um médico ter se acidentado e outros dois terem apresentado atestado médico, restando apenas dois médicos para o plantão.

Prefeitura

O prefeito Sebastião Almeida assegurou que os médicos que não atenderam nas unidades não vão receber devido a essas faltas. “A fundação tem um contrato com a prefeitura e tem que fornecer aquele profissional para trabalhar naquele dia. No caso de um descumprimento de contrato, vamos verificar o que cabe a qualquer tipo de punição. Não há motivos para recusar a fazer o ponto biométrico. Se esse médico não quer ter compromisso de horário com a prefeitura, deve sair”, disse Almeida ontem durante solenidade de entrega de novos táxis.

 

Fonte: Guarulhos Hoje