Reintegração no Jardim Marilena

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Uma área de 5 mil m² que estava ocupada desde maio foi desocupada ontem pela Polícia Militar, após o pedido de reintegração de posse feito pelo proprietário do terreno. De acordo com a PM, 50 famílias estavam no local, mas os líderes da ocupação afirmam que o local foi dividido em 85 lotes, e todos eles estavam habitados.

A PM chegou ao local por volta das 6h, e não encontrou resistência para fazer a reintegração de posse. “Temos um terreno de 16 mil m², mas apenas 5 mil m² serão desocupados, pois o restante está em outros processos. Foi uma ação pacífica, os invasores não resistiram e começaram a tirar os seus pertences sem conflito”, afirmou o capitão Denis de Chiara.

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Os ocupantes informaram a equipe do jornal Guarulhos Hoje  que os supostos líderes da invasão fugiram na noite de terça-feira, quando foram avisados que a reintegração aconteceria no dia seguinte.

“A liderança que estava aqui, que nos cobrou para fazer um cadastro e pelos lotes, desapareceu desde ontem, e levaram nosso dinheiro”, contou Ana Carolina da Silva, de 28 anos, que estava saindo da área.

No meio da tarde, após as famílias retirarem seus pertences, quando o trator começou a derrubar as construções, alguns invasores mais exaltados colocaram fogo em algumas casas de madeira, mas após os próprios ocupantes conversarem, os ânimos se acalmaram, e o fogo foi controlado.

 

Advogado dos ocupantes fala que reintegração não está correta

 

O advogado dos ocupantes, Milton Di Bússolo, questionou a reintegração, pois o endereço não é o correto. “No mandado consta que a reintegração deveria ter sido feita em um terreno na rua Louveira, e não é aqui. Vamos fazer uma ocorrência policial, acionar o juiz e o Tribunal de Justiça, pois o que está sendo feito aqui não está dentro da legalidade”, disse o advogado.

Já os advogados do proprietário do terreno, Vanzete Gomes Filho e Alexandre Sanchez Palma, insistiram que a ação esta dentro da lei. “O endereço não está errado, a matricula fala que o imóvel é na rua Loureira, mas quando toda a área foi invadida a prefeitura abriu uma nova rua.

 

O terreno está regularizado, e esta alegação já foi apresentada em juízo, mas não alterou a decisão. Hoje temos uma ação judicial a cumprir”, disseram os representantes.

 

Fonte: Guarulhos Hoje